AS VERDADES ABSOLUTAS EM NATAÇÃO

Alex PussieldiPublicado em 29/08/2007

Técnicas em natação é algo que varia (e muito) de um atleta para o outro. Varia de um programa para o outro, e muito mais ainda de um técnico para o outro. Determinadas posições de entrada da mão na água, padrão de respiração, ritmo de pernada, até mesmo posição na saída de bloco, são todas variáveis que se alternam em diferentes opções com várias formas de bons resultado de alta performance.
Entretanto, existem algumas VERDADES ABSOLUTAS nas técnicas de natação. São técnicas que se enquadram em qualquer nadador, programa ou treinador. São questões que mesmo sofrendo adaptações, são aceitas e aplicadas nos atletas de alto nível e padrão técnico.
Confira as VERDADES ABSOLUTAS nas técnicas de natação:

1) FLEXIBILIDADE DE CALCANHAR
A flexibilidade de calcanhar é algo que é natural, mas também pode ser trabalhado e incrementado. Nadadores com maior dimensão de flexibilidade nos pés tem melhores aproveitamentos nos trabalhos de pernada.

2) COTOVELO ELEVADO NA PUXADA
Talvez a mais absoluta e incontestável de todas elas. Fazer a braçada de qualquer estilo com o cotovelo mais alto do que a mão na hora da puxada é uma necessidade. É também onde a técnica de qualquer nadador cai ao final de prova, onde sustentar a posição do cotovelo elevado fica mais difícil e compromete por completo a ação da braçada.

3) ALINHAMENTO HORIZONTAL
Esta Verdade Absoluta não era tão absoluta alguns anos atrás. O objetivo de minimizar a resistência sempre existiu, mas nesta última década foi que os treinadores e preparadores físicos passaram a intensificar mais trabalhos de controle e balanço corporal, equilíbrio, postura e alinhamento. Agora, é unanimidade o fato de que o máximo alinhamento traz melhores resultados. Hoje, nadamos com a cabeça mais baixa do que anos atrás, o corpo mais alinhado com a água, e até mesmo nados como o peito e borboleta, que mesmo tendo ondulações, hoje estão bem mais projetados para a frente do que para cima e para baixo.

4) CABEÇA CONECTADA AO CORPO
Com muita freqüência nadadores fazem movimentos desnecessários com a cabeça. No crawl, normalmente elevam a cabeça na hora da respiração e alternam posições durante o movimento. No costas, os movimentos de cabeça podem alterar a postura e o alinhamento do corpo. No peito, os movimentos são quase que involuntários, mas na intenção de respirar, o nadador acaba mexendo a cabeça mesmo sem intenção. E finalmente no borboleta, onde a cabeça é movimentada durante a fase aérea do nado.
A cabeça em qualquer dos nados deve ser mantida de forma neutra e alinhada com o corpo. Os movimentos básicos, de respiração no borboleta e crawl devem ser mínimos e sem qualquer desvio desnecessário. No peito, o movimento de subida é acompanhado por todo o corpo, assim não há a necessidade de “desconectar” a cabeça desta ação. O fator mais importante nesta Verdade Absoluta é entender que movimentos desnecessários só aumentam a resistência e não acrescentam na ação propulsiva.

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