O NADADOR ASTRONAUTA

FILOSOFIA DO MOVIMENTO AQUÁTICO
O NADADOR ASTRONAUTA
Prof. Ednaldo Herculano de Miranda Jr. Mano.

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Mesmo na condição privilegiada de seres racionais,
não é possível entender o universo.

Não e possível por não termos noção de algo que não tem fim.
O que não tem tamanho é estranho. - Como assim, “não tem tamanho?”
O que não tem fim é ilógico.
E nós, seres racionais, a princípio, temos dificuldade em interpretar o que é ilógico.

Então, pensando nessa dimensão infinita (até onde nos é possível, claro),
partindo do princípio que uma pessoa não possui limite para aprendizagem de movimentos, por exemplo. Não parece existir um ponto de saturação ou limite de aprendizagem para nós, seres humanos. Qualquer pessoa pode, supostamente, esculpir, andar pra trás, acelerar o pedal, esquiar, tocar piano, apertar parafuso, dançar e etc.

As pessoas (exceção aos casos de deficiência motora); são capazes de realizar
as ações físicas que se comprometam a executar, com maior ou menor grau de habilidade, maestria.
Maestria no esporte também é sinônimo de talento.
Existem pessoas geniais em vários níveis de habilidades específicas: Garrincha, Ronaldinho Gaúcho, Daiane dos Santos, Mat Biondi.
Sendo assim, o talento parece pertencer a poucos. Mas, felizmente, a capacidade de aprender, aperfeiçoar e exercer a atividade na prática é concedida a todos nós.

Talvez seja interessante refletir mais seriamente sobre processos pedagógicos nas atividades aquáticas como um todo, com um olhar mais voltado para a estimulação da inteligência motora.
Estudar as possibilidades e perceber a vastidão deste complexo orgânico.
Falamos de algo chamado Pessoa. Um organismo inteligente.
Dê-lhe tempo e ele realiza.
Tudo é uma questão de tempo para expandir o limite, seja ele de ordem emocional, intelectual ou limite físico. Caso uma pessoa tenha vontade para tal, ela pode ser maitre, neurocirurgiã, goleira de handebol, canhota, destra ou ambidestra, violinista ou ginasta.
Logo, se trabalhamos com um organismo tão inteligente, que possui um potencial de movimentos tão elevado, a exploração de ações corporais deve ser no mínimo, abrangente.

Esta é a proposta metodológica da Multinatação, atividade aquática que busco desenvolver. Uma atividade atípica do ponto de vista de ordenação gestual, que pode representar uma abordagem técnica complementar ao programa de aulas para
alunos e no treinamento de nadadores de competição.

Se dentro dágua tudo parece não ter fim, então por que não explorar?

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